As competições são divididas em duas partes
Na primeira parte as atletas realizam individualmente movimentos pré-determinados pela regra para uma banca composta por 5 ou 7 juízes. A figura é formada através do conjunto de posições e movimentos básicos. Nesta parte procuramos observar na a atleta controle (altura, técnica e suavidade nos movimentos e transições) e, desenho (ângulos e posições do corpo).
A segunda parte chama-se rotina. São coreografias divididas em três modalidades: solo, dueto e equipe (que é formada de no mínimo 4 e no máximo de 8 atletas). Em Sydney-2000, foram disputadas apenas as categorias dueto e equipe. As atletas interpretam um tema musical buscando criatividade, variedade, dificuldade e sincronismo com a música, é a parte mais conhecida e apreciada pelo público. São avaliados a sincronia dos atletas entre si e a plena utilização da piscina.
Cada modalidade tem um tempo estabelecido, que varia de acordo com a categoria das atletas. A partir de 1992, a NS apresenta-se também em rotina técnica.
As provas de nado sincronizado são disputadas em uma piscina de 25 por 30 metros. As piscinas nas quais ocorrem as apresentações possuem alto-falantes debaixo d'água para permitir que as nadadoras ouçam a música de acompanhamento.
É campeã a equipe que, na média, for mais bem avaliada pelo júri. Como o nado sincronizado é subjetivo, os juízes têm uma pré-disposição em dar notas mais altas para as meninas de países com tradição no esporte.
A coreografia tem de ser criativa e diferente. Por isso fica difícil de avaliar qual é a melhor, qual tem mais dificuldade.
Elementos Obrigatórios da Rotina Técnica
I - SOLO
(os elementos de 1 à 6 tem que ser executados na ordem listada)
1. Posição vertical: Com o nível da água estabelecida entre joelhos e quadris, seguido por um giro completo (360º) na mesma posição em movimento uniforme e se completando por uma descida de vertical.
Comentários –Posição vertical é obtida pelo alinhamento dos tornozelos, quadris, ombros e orelhas. O giro na posição vertical deve manter constante o nível da água obtido na posição vertical inicial. Quanto maior a porção do corpo fora da água maior a nota, desde que mantido o alinhamento vertical.
2. Alçada de tronco: Uma elevação rápida liderada pela cabeça, com máxima porção do tronco acima da superfície da água. Ambos os braços tem que ser tirados da água ao mesmo tempo que o corpo alcança máxima altura.
Comentários –Quanto maior a porção do tronco fora da água maior a nota, preferencia quando saí o inicio da coxa.
3. Posição de Abertura com Saída de passo à frente
Comentários – Na posição de abertura quanto maior a amplitude, quanto maior a extensão das pernas e tronco e quanto mais alta em relação à superfície a posição nota melhor. Na saída de passo à frente somente a perna que se levanta da superfície para descrever um arco de (180º) até encontrar-se com a outra é que pode se movimentar. O restante do corpo deve permanecer estático. O movimento se completa com uma saída pés à frente até que a cabeça alcance a superfície.
4. Parafuso Combinado: Na posição vertical, realizado em movimento uniforme.
Comentários –Parafuso combinado é a realização de giros descendentes de pelo menos (360º) seguido por igual número de giros ascendentes (ex. se realiza somente um giro para descer, tem que fazer somente um na subida).
Quanto maior o nº. de giros e maior a altura inicial e final melhor a nota, desde que a perda de altura seja proporcional ao número de giros da mesma forma na subida.
Quanto maior o nº. de giros e maior a altura inicial e final melhor a nota, desde que a perda de altura seja proporcional ao número de giros da mesma forma na subida.
5. Aurora Abrindo (360º): Partindo da posição de rabo de peixe até o final da figura.
Comentários – esta é a figura de maior grau de dificuldade no Nado Sincronizado. Realizá-la com perfeição ou próxima desta significa ter uma nota alta.
6. Alçada de pernas para a posição vertical seguida de Parafuso rápido de pelo menos (360º) continuando até completa submersão:
Comentários – a colocação, deste elemento já ao final da rotina aumenta em muito sua dificuldade pois a atleta já está cansada e este é um elemento de alto risco que quando bem executado eleva a nota da nadadora, mas qualquer descuido na performance pode ser fatal.
7. Eggbeater: Em deslocamento frontal ou lateral, com os braços fora da água ao mesmo tempo tem que ser incluído. Sua colocação é opcional em qualquer momento da rotina.
Comentários - a perna alternada ( eggbeater ) é uma técnica de propulsão usada quando o corpo está na p[posição vertical – cabeça para cima. A exigência de que os dois braços estejam fora da água torna-a mais difícil e para alcançar boa qualificação a atleta ao executá-la deve Ter máxima porção do tronco acima da água. Quanto mais para o final da rotina este elemento é colocado, maior sua dificuldade.
II – DUETOS
(Os elementos de 1 à 7 tem que ser executados na ordem listada)
1. Posição Vertical: Nível da água estabelecido entre os joelhos e quadris, seguido de meio giro e parafuso contínuo na mesma posição.
Comentários –Quanto maior a porção do corpo acima da água, melhor a nota. O alinhamento vertical do corpo deve ser mantido desde que a posição vertical é assumida até o final do movimento; no parafuso contínuo quanto maior o número de giros com a devida perda de altura melhor a execução.
2. Ariana: figura completa
Comentários – a Ariana é uma figura que requer grande flexibilidade da atleta em todos os segmentos do corpo; é necessário que ela tenha boa flexibilidade de coluna e boa mobilidade articular entre quadris e pernas. Quanto maior flexibilidade maior a nota.
3. Combinação de Cancã em deslocamento: – incluindo pelo menos três das seguintes posições de superfície em qualquer ordem; Cancã com a perna direita, Cancã com a perna esquerda, Cancã duplo e flamingo.
4. Alçada de pernas: Para posição vertical com twril e completada com descida de vertical na mesma velocidade de alçada.
Comentários – Na alçada de pernas deve demonstrar que a atleta se arriscou as executa-lo. O giro rápido aumenta a dificuldade do movimento.
5. Alçada de tronco: Liderada pela cabeça, rápida elevação com máxima porção deste acima da superfície; ao alcançar máxima altura os braços tem que ser tirados da água ao mesmo tempo que o corpo alcança máxima altura.
Comentários – este é um exercício de explosão onde quanto maior a porção do corpo da atleta fora da água maior a nota.
6. Posição vertical com joelho flexionado: Com nível da água estabelecido entre os joelho e os quadris seguido por um parafuso combinado em que a perna flexionada é estendida para encontrar a perna estendida no parafuso descendente e volta a flexionar no parafuso ascendente. A posição vertical com joelhos flexionados deve ser mantida na descida.
Comentários – a colocação da extensão e flexão da perna dificulta em muito o elemento, a sua boa execução incrementa a nota.
7. Alçada de pernas seguida de abertura: Uma alçada de pernas para a vertical seguida de rápida abertura e rejuntando para a posição vertical na máxima altura. O movimento é completado por rápida descida de vertical, (mesmo tempo da alçada).
Comentários – Este movimento, por sua colocação e velocidade, é de alto risco. As atletas devem demonstrar explosão e velocidade além de excelente altura. Quando bem executado eleva em muito a nota.
8. Eggbeater: Deslocando para frente ou para lateral deve ser incluído, com ambos os braços fora da água. A colocação é opcional em qualquer momento da rotina.
Comentários – Esta propulsão com os braços fora da água é bastante difícil e quanto mais altos eles estiverem maior a dificuldade. Para ser bem executado parte do tronco também deve estar fora.
9. Com exceção dos movimentos de borda e entrada todos os elementos obrigatórios ou não: Tem que ser executados ao mesmo tempo e olhando na mesma direção pelas nadadoras.
III – EQUIPE
(Os elementos de 1 a 8 tem que ser executados na ordem listada)
1. Da posição de guindaste elevar a perna horizontal para a vertical. Executar um twirl seguido por parafuso de (360º)
Comentários – Analisar como figura a seqüência verificar estabilidade altura e domínio da posição vertical, o eixo do parafuso passa pelo meio do corpo é longitudinal e perpendicular á superfície. Deve haver troca de velocidade na execução do twirl (giro rápido na mesma altura). A execução das atletas tem que ser uniforme.
2. Alçada de Tronco: Rápida elevação cabeça à frente do corpo acima da superfície. Os braços tem que sair da água ao mesmo tempo que o corpo alcança máxima altura.
Comentários – A alçada de tronco é um movimento de explosão, e máxima porção do tronco deve ser exposta fora da água. Os braços saem da água quando o tronco atinge máxima altura. Se sustentada a alçada tem maior valor.
3. Posição de abertura: Seguida de passo à frente.
Comentários – Na posição de abertura as pernas estarão uma à frente e outra atrás e com o lado interno delas alinhado em lados opostos de uma linha horizontal, articulação dos quadris numa linha horizontal, assim como a articulação dos ombros com estes alinhamentos paralelos e sobrepostos.
4. Posição vertical com joelho flexionado com nível da água estabelecido entre joelhos e quadris: Um parafuso de ( 180º ) é executado ao mesmo tempo que a perna flexionada estende para encontrar a perna vertical. Uma descida de vertical é executada.
Comentários – Na posição vertical com joelho flexionado quanto mais alta a posição melhor a nota desde que o alinhamento vertical seja observado. O tempo gasto na descida o giro do corpo e a extensão da perna devem ser simultâneos e sincronizados. Na descida de vertical o alinhamento vertical deve ser observado até total submersão dos pés.
5. Deslocamento em combinação de Cancã: Incluir pelo menos três ( 3 ) das seguintes posições de superfície em qualquer ordem: Cancã de direita, Cancã de esquerda, flamingo e Cancã duplo.
6. Posição Vertical: Com o nível da água estabelecido entre joelhos e quadris seguido por um giro completo sendo executado em movimento uniforme e se completando com um parafuso contínuo (720º no mínimo e continuando até a completa submersão dos pés).
7. Alçada de perna seguida de abertura: Alçada para posição vertical, seguida de rápida abertura e rejunção das pernas para vertical em máxima altura completada por uma descida da vertical na mesma velocidade alçada.
8. Ação em cadência: Movimentos idênticos, executados em sequência uma a uma por toda a equipe; se outro movimento em cadeia for executado, tem que ser seguido à primeira ação em cadeia e não separado para qualquer elemento, seja opcional ou obrigatória.
As formações tem que incluir uma linha reta e um círculo.
9. Eggbeater: Deslocando para frente ou para os lados, com os dois braços fora da água ao mesmo tempo, tem que ser incluído. Sua colocação é opcional.
11. Com exceção do movimento em cadeia e os movimentos de entrada, todos os elementos, obrigatórios ou não, deverão ser executados simultaneamente por toda a equipe. Variações de propulsão são permitidas nas trocas de desenhos (formação).
Fonte: www.nadosincronizado.hpg.ig.com.br